De princípio a interessou só a energia, boa como sol na manhã fria de julho. Energia que conforta e afaga a alma no cotidiano árduo; fácil de se acostumar... Assim passaram os meses e algo cresceu ali; uma semente, plantada naquele solo nem tão fértil assim, caiu ali e acabou sobrevivendo, foi regada e alimentada, brotou forte e criou raízes cada vez mais profundas.
Nasceu então, a primeira folhinha verde: pequena para comportar tamanha vivacidade, mas ela era forte e logo nasceram mais e mais folhas... Logo qualquer um poderia ver o quão vivaz as folhas eram, e deu-se o primeiro botão de flor.
Talvez os jardineiros que cuidavam daquele jardim nem tenham notado aquela plantinha em meio a tantas outras, mas carinho sempre houve, às vezes acontece, não é? Sempre há outras plantas grandes que retém mais atenção, precisam de mais cuidado, afinal quem as plantou lá as escolheu e delas cuidou, a outra surgiu por acaso... Tímida e revolta de boas energias...
O acaso ás vezes presenteia; mais tempo passou. floresceram lindas flores e aquela plantinha surpreendeu: exótica; acabou roubando e merecendo mais atenção, mas ah! Tão linda... Todos olham e percebem a maravilhosa flor que nasceu ali... Inspiradora demais... Isso pois nem citei o cheiro... Ah! Melhor perfume, decerto. Qualquer um sentiria o cheiro, é inebriante e perseguidor...
Entretanto, algo se perdeu no meio do caminho, alguns nutrientes faltaram? Mas eles sempre estiveram ali, o que ocorreu? A flor não era especial para tantos cuidados? Há muitas outras para compartilhar o adubo e a atenção que ela utilizava sozinha.
Então a planta começa a definhar, primeiro umas folhinhas caíram, talvez tenha realçado a beleza da flor; com o tempo as pétalas secaram e caíram, folha já não haviam, até o caule começou a secar, agora restam só raízes, um caule ressecado e quase não há mais vida...
Vida à conta-gotas; Tic-Tac, Tic-Tac... Quanto tempo até a morte completa?
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