Começa com a preparação para escrever, um bom café, um pouco de Mozart e Chopin, Algumas poesias para iniciar.
Começa então, a introspecção em mim mesma.
Pensar em um assunto.
Afundar na música e emergir com frases.
Tentar colocar sentido em todas elas.
Desistir, deixar como estão.
Reler.
Entender.
Ou não.
Faltam folhas de carta, personalizadas obviamente.
Falta uma caneta tinteiro.
Acender um incenso.
Relaxar.
Afundar na música novamente.
Pianos seduzem, pelo menos a mim.
Qual poeta escolhi?
Ferreira Gullar.
Ora, Por quais motivos e razões o escolhi?
Não sei.
É um daqueles mistérios sobre si mesmo, no qual você se avalia, e diz do que precisa.
Médico de si. Das dores que não doem. Da aflição que não aflige. Do sonho que não se lembras ao acordar.
Dar-me-ei um rémedio?
Ou aproveito essa incerteza de dor?
Prefiro aproveitar. Delirar nas imensas incertezas que a vida traz...
Delirar no anti-convencional.
Delirar em mim mesma.
Descobrir as verdades que me regem.
Entender os motivos que aqui me trazem...
Me levar desse lugar.
Lugar que chamo de Meu
Lugar que alguns chamam de Seu.
Lugar que outros preferem chamar de Nosso.
O lugar Meu mudará de nome, com certeza, um dia será Seu, em um estágio avançado de incerteza de dor, delírios e castigos, ele será Nosso.
Viajar em si.
Descobrir quem é o ser que está ai dentro.
Modificar-se.
Transformar-se.
Progredir-se.
Há partes que são fixas, defeitos que não se devem consertar.
A parte fixa você deixa.
A parte móvel você modifica.
Delire para modificar-se.
Enlouqueça a parte fixa.
Não deixe tudo no plano das ideias
Aconteça em si.
Revolucione em si.
Crie um mundo para si.
Felicite-se em si.
Entristeça-se em si.
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