sexta-feira, 3 de março de 2017

Análise de Um Eu Passado...

Acabou o carnaval e o ano de fato começou. Acabei percebendo quanto tempo passou desde eu ser somente uma garotinha até estar preparando as cousas para a faculdade e percebendo que está tudo tão estranho, eu cresci.
Sim, cresci; e perceber isso não faz com que eu me sinta melhor. O mundo está muito acelerado, mal aproveitamos nossa infância, já estamos no ensino médio e faculdade, emprego e responsabilidades antes dos 20 anos de idade já devo estar com minha vida planejada e encaminhada. ANGÚSTIA é a palavra que define meu sentimento diante desses acontecimentos.
Não sei dizer o que aconteceu de 2011 para cá, mas sei que foi um processo rápido e indolorosamente doloroso. Dói ter que encarar o mundo todos os dias, dói sobreviver.
Acho gostoso observar minha mudança e perceber o quanto estou diferente, mas não gosto de ver que não é possível voltar atrás e reviver tudo.
É estranho perceber que sou insignificante. É bom perceber que parei de odiar e passei a amar mais.
Tudo que aqui escrevo é demasiado pessoal, e puro sentimento. O interessante é que não sinto que eu tenha perdido a essência e talvez crescer e me tornar uma jovem adulta não seja algo ruim, é tudo novo, de novo.
Enfim, Só queria deixar documentado aqui, quando foi que tudo começou a se perder das minhas mãos, quando eu deixei de perceber o que está acontecendo ao meu redor.
A única cousa que consigo é pirar cada dia mais.
Em que mundo estou vivendo? Qual impacto eu causo? Até onde minha insignificância permanece insignificante? SOCORRO.
Conclusão: Não sei existir,
Mudo a cada dia mais, não sei ter opinião, não sei expressar meus sentimentos. não sei o que fazer da vida, não sei, não sei.
Há uma exigência externa pra sempre sabermos de tudo, como se errar não fosse natural. não estou pronta para encarar as pessoas e muito menos a vida adulta. É errado querer mais tempo para pensar? É errado não me sentir pronta pra tudo isso? Ou é errado eu não querer nada disso, nada desse jeito?
Recolho-me à minha cama e cobertor, enquanto ainda posso aproveitar meus últimos minutos de conforto.
Apenas arrastar-me-ei pelo corredor polonês chamado vida, sendo espancada a cada passo e sobrevivendo à certeza de morte.
Decerto não sou a única, só sei gritar por socorro, enquanto grito: só corro.
Corro das decepções e das gentes maldosas, corro das burocracias e de mim mesma em dias melancólicos como hoje, Corro, buscando achar saídas nesse beco qual me enfiei.
Se um dia eu me achar em meio a tudo isso, preciso dizer:

Sinto muito.