sexta-feira, 6 de maio de 2016

Tudo Passa, Tudo Passará...

Deitada em posição fetal na escada eu ouvi as palavras de Renato soltas falarem comigo: "Tudo passa, tudo passará..."
Mais tarde, no mesmo dia (ontem), tornei à posição fetal, pelo simples motivo de aproveitar o chão frio para compreender o que estava acontecendo, novamente vei Renato falando: "Não olhe pra trás, apenas começamos... O mundo começa agora."
DE FATO VÁRIAS CERTEZAS MUDARAM DE LUGAR.
Apenas evidencio que minhas caixinhas de sapato foram reorganizadas, e agora tudo está ruindo ao meu redor... De uma maneira estranha tudo tem feito muito sentido... Haviam vários vetores somente direcionados, em busca de seu sentido para tornarem-se o que são em sua essência, agora eles têm sentido e direção, agora são verdadeiros vetores... Voltemos às certezas, devidamente mudadas de lugar e agora encaixotadas em mim, fazendo-me sentir meio deslocada ainda sem entender o que se passa...
"Aonde está você agora, além de aqui dentro de mim?" 
É tão delicioso quando se está completo, cuidar de mim...
O pesar dos dias é um fardo difícil de carregar...
It's friday, I'm in love...
É sexta e desejo não me importar...
É sexta feira, amor...
Tem quem queira...
Quero tornar à posição fetal, mas algo em mim não deixa...
Saturday wait
Am I Still Ill?


segunda-feira, 2 de maio de 2016

As pretensões de Maio...



Maio. Quinto mês.
Aqui eu retorno a mim. Abril é sempre mês de epifania, apesar de só em maio eu estar passando isto para cá, já havia escrito anteriormente.
Creio que as cousas que estão intrínsecas a mim tenham se fortalecido nos últimos meses... Aquele eterno sentimento de solidão. Eu realmente gosto de estar sozinha, A minha companhia me basta, eu me completo e me sou suficiente. Gosto de me curtir, cuidar de mim, sair comigo, rir das minhas piadas, sorrir pra mim, ser insuportável sozinha...
É delicioso dedicar tempo ao culto de eu, ainda mais quando tenho a oportunidade de me mimar, colocar-me em meu colo quente da consciência e deitar para me ouvir pensar.  Pode parecer misantropia, mas não o é.
Apenas não me encaixo no perfil de alguém que necessita estar inclusa nos grupos para sentir-se situada, participante, existente. O escrito é tímido, eu, na verdade, não o sou. Por que complicamos as cousas? A vida é simples, as pessoas são complicadas...
"Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você"
"Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo 
Por amor."
É quase impossível para mim deixar a segurança do meu mundo, toda vez que ensaio deixá-la, acabo reforçando a muralha a qual me prendo do mundo exterior. Dramática a frase, tendo a ser mais dramática quando escrevo, talvez por tentar poetizar meu escrito de uma maneira esdrúxula.
Fato é, que cheguei a meu impasse pessoal mais uma vez, já não quero companhias. Volto a trancar-me em mim, sem saber quando quererei sair, o mundo externo também não ajuda em nada. Meu problema é estar com seres humanos mais de 1 hora. E eu estou.
Isto é um problema... I'm felling like the boy with the thorn in his side...
"A murderous desire for love."
Cubículo. Dentro. Eu.
Viver tornou-se fútil.
Só queria não estar tão indiferente.