Gosto de arriscar. Não sempre. Só de vez em quando.
Só para ter a incerteza do que acontecerá... Odiaria se eu fosse previsível. Não podemos controlar o mundo... Precisamos nos acostumar com essa ideia.
Gosto de me surpreender. É algo interessante do nosso planetinha azul brilhante o fato de sabermos como as cousas funcionam e mesmo assim não podermos controlá-las e acharmos que controlamos.
Somos marionetes do destino,que hora ou outra ganham vida e podem escolher a próxima ação.
Imagina prever o futuro? Seria horrível saber o que vai acontecer... Esqueceríamos de viver e aproveitar o agora...
Oscar Wilde disse que a certeza é fatal e o que o encanta é a incerteza e a neblina é o que torna as cousas maravilhosas... Tudo tem uma certa ambiguidade, há o lado bom e o lado ruim... Só enxergamos algo como belo se conhecermos aquilo que não é...
Perfeito seria se vivêssemos sem sabermos que iremos morrer... Creio que nos faria viver plenamente... Seguir o instinto nem sempre é.
Improvise, Mude, Mova-se... Saia da rotina, do diário, do normal... Não seja conforme. Seja disforme e faça com que as pessoas ao seu redor entrem na mesma sintonia...
Poetize-se... Seja!
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Processos Conformistas...
Era incrível como eu via o mundo. Tudo tão doce e calmo... Apesar das pessoas com pressa e das ofensas desnecessárias logo de manhã. Nos tornamos tão frios... Parece inverno nesse sol de 40° C graus.
Mesmo assim os dias passam e o mundo se movimenta... Tudo acontece em processos industriais rápidos, com o mínimo de manutenção possível, cronometrados e tentando o máximo de produtividade que os sistemas permitem.
Rotina, movimento, pressão, tensão, retração, compromissos, horários, prazos, beleza, sistemas, rapidez, eficácia, veneno, competição, melhorar, superar,adequação,padronização, caos. MORTE.
Maquinarismo histórico. Processo 1.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Céu e Inferno...
Ah, os meus dias são tão longos meu bem, você nem imagina…
Gosto de chegar em casa, me descalçar e me jogar no tapete da sala… Aquele macio, que outrora estivemos agarrados… Que você alisava meu corpo…
Começava sempre com um beijo inocente… Despretensioso… Eu me entregava a ti… Meus lábios eram teus e você sabia disso… Usurpava-os de forma sedenta, enquanto suas mãos passeavam por mim… Primeiro a minha nuca sentia seus dedos de leve, fazendo um breve cafuné… Depois você descia, apertava meu corpo contra o seu e se jogava por cima de mim… Sua boca devorava a minha com desejo… Meus seios presos em suas mãos e você descendo… Mordia de leve meu queixo e depois meu pescoço… Cada parte de mim encaixava em ti… E só nessa brincadeira eu já atingia o céu… Era só colocar sua língua no meu seio e a mão na minha boceta que eu desmanchava… Dois minutos e eu me contorcia nos seus dedos… Derretia em orgasmos… Aqui, nesse mesmo canto do tapete, que me encontro desolada em lágrimas… Fui ao céu centenas de vezes… Agora estou no inferno por não ter seus dedos para me fazerem gozar…
Paz e Prosperidade...
Estava eu, aqui, assistindo a mais um clássico do cinema: "City Light's" (recomendo, pois é ótimo). E a primeira frase do filme de 1931 foi "ao povo dessa cidade doamos este monumento: Paz e Prosperidade."
Em 1930 pessoas desejavam prosperidade umas às outras, os tempos passaram e a prosperidade foi conquistada, e a palavra nova, já na década de 50/60 foi nada mais, nada menos, que AMOR...
Ah, vejam o quanto evoluímos, prosperamos e agora queremos amar... Agora, que achamos saber amar, achamos ter conquistado o amor, esquecemos nossas origens e só queremos PAZ...
Talvez a paz devesse ser a prioridade. Me espanta saber que a humanidade prioriza certos detalhes e ignora o mais importante...
Deveríamos esquecer a paz e importar-mo-nos com a vida...
Vida: É o estado de atividade incessante comum aos seres organizados. É o período que decorre entre o nascimento e a morte.
É irônico dizermos que a paz é a resposta... Gandhi morreu na luta pela paz... Provou que não se responde violência com mais violência. Nota-se que uma revolução inicia-se por um indivíduo e abrange mais pessoas, de forma que adere a toda uma sociedade...
No mundo avançado, imediatista e tecnológico da contemporaneidade, a paz é uma utopia... Com os avanços capitalistas, nós, consumidores, queremos comprar a paz pronta, em um saquinho com as informações nutricionais e que indique baixo teor de gordura trans, esquecendo que a paz está em cada um de nós e que poderíamos melhorar o lugar que estamos, para que sinta-mo-nos mais felizes... Afinal, a felicidade é o motor da vida...
Talvez a paz devesse ser a prioridade. Me espanta saber que a humanidade prioriza certos detalhes e ignora o mais importante...
Deveríamos esquecer a paz e importar-mo-nos com a vida...
Vida: É o estado de atividade incessante comum aos seres organizados. É o período que decorre entre o nascimento e a morte.
É irônico dizermos que a paz é a resposta... Gandhi morreu na luta pela paz... Provou que não se responde violência com mais violência. Nota-se que uma revolução inicia-se por um indivíduo e abrange mais pessoas, de forma que adere a toda uma sociedade...
No mundo avançado, imediatista e tecnológico da contemporaneidade, a paz é uma utopia... Com os avanços capitalistas, nós, consumidores, queremos comprar a paz pronta, em um saquinho com as informações nutricionais e que indique baixo teor de gordura trans, esquecendo que a paz está em cada um de nós e que poderíamos melhorar o lugar que estamos, para que sinta-mo-nos mais felizes... Afinal, a felicidade é o motor da vida...
domingo, 4 de janeiro de 2015
As 4 estações
Meu nome é inverno, pelo menos é como chamam a mim. Nunca compreendi isso de nomes, talvez eles digam algo sobre a nossa personalidade. Meu nome é inverno. Sou normalmente fria, afasto as pessoas, as vezes nevo, posso ser peculiar e distante. Perfeita para livros e bebidas quentes, sou preguiçosa e lenta. Sou seca e raramente as pessoas gostam de mim; me sinto desnecessária, mas sei que nada nem ninguém é inútil, sou bastante solitária... Gostaria de ser como minha irmã, verão. Ela é tão incrível. É quente, faz amigos saírem de casa, ela é quase perfeita, me derreto por ela;
Foi a primeira a chegar e será a ultima a sair, ela é uma atleta, sempre animada, talvez animada demais, rápida demais, quente demais; pelo menos para mim. As vezes ela chove, é bastante abafada... Talvez, só talvez, ela seja a mais amada.
Eu poderia, também, ser como outono...
Linda, delicada... Um pouco fresca é um pouco sem graça, parada. Por mais que os tempos com ela sejam um pouco agitados, ela é a irmã que mais se aproxima de mim... É a mais nova, a mais inocente... A que brinca com as folhas secas. Nunca parece estar bem... Mas é alguém reconfortante... Também quero ser como ela... Talvez, só talvez, seja amena demais...
Tem a primavera... A mais cheirosa de todas... Sua presença é notável... Quente e fria, ela é a transição entre verão e eu... É a mais madura de nós. Talvez porque tenha um pouco de cada uma: é delicada, quente e fria. É diferente, não tão intensa... Mais calma... É meio que o oposto harmônico... Todos deveriam ser como ela, parece que quando ela chega, a vida chega junto... Talvez, só talvez, ela seja pequena demais, curta demais. Decerto não quero ser como ela...
Acho que os nomes que temos mudam nossas personalidades; eu não seria a mesma caso me chamasse verão, primavera ou outono... Sei que todas precisam de mim, precisam de um pouco de frieza assim como eu preciso de um tantinho de equilibro, delicadeza e altas temperaturas... Devo continuar querendo ser eu... E elas sendo elas... Assim, juntas teremos harmonia, seremos belas... Cada uma da sua forma...