terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Céu e Inferno...

Ah, os meus dias são tão longos meu bem, você nem imagina…
Gosto de chegar em casa, me descalçar e me jogar no tapete da sala… Aquele macio, que outrora estivemos agarrados… Que você alisava meu corpo…
Começava sempre com um beijo inocente… Despretensioso… Eu me entregava a ti… Meus lábios eram teus e você sabia disso… Usurpava-os de forma sedenta, enquanto suas mãos passeavam por mim… Primeiro a minha nuca sentia seus dedos de leve, fazendo um breve cafuné… Depois você descia, apertava meu corpo contra o seu e se jogava por cima de mim… Sua boca devorava a minha com desejo… Meus seios presos em suas mãos e você descendo… Mordia de leve meu queixo e depois meu pescoço… Cada parte de mim encaixava em ti… E só nessa brincadeira eu já atingia o céu… Era só colocar sua língua no meu seio e a mão na minha boceta que eu desmanchava… Dois minutos e eu me contorcia nos seus dedos… Derretia em orgasmos… Aqui, nesse mesmo canto do tapete, que me encontro desolada em lágrimas… Fui ao céu centenas de vezes… Agora estou no inferno por não ter seus dedos para me fazerem gozar… 

Paz e Prosperidade...

Estava eu, aqui, assistindo a mais um clássico do cinema: "City Light's" (recomendo, pois é ótimo). E a primeira frase do filme de 1931 foi "ao povo dessa cidade doamos este monumento: Paz e Prosperidade."
Em 1930 pessoas desejavam prosperidade umas às outras, os tempos passaram e a prosperidade foi conquistada, e a palavra nova, já na década de 50/60 foi nada mais, nada menos, que AMOR...
Ah, vejam o quanto evoluímos, prosperamos e agora queremos amar... Agora, que achamos saber amar, achamos ter conquistado o amor, esquecemos nossas origens e só queremos PAZ...
Talvez a paz devesse ser a prioridade. Me espanta saber que a humanidade prioriza certos detalhes e ignora o mais importante...
Deveríamos esquecer a paz e importar-mo-nos com a vida...
Vida:  É o estado de atividade incessante comum aos seres organizadosÉ o período que decorre entre o nascimento e a morte.
 É irônico dizermos que a paz é a resposta... Gandhi morreu na luta pela paz... Provou que não se responde violência com mais violência. Nota-se que uma revolução inicia-se por um indivíduo e abrange mais pessoas, de forma que adere a toda uma sociedade...
No mundo avançado, imediatista e tecnológico da contemporaneidade, a paz é uma utopia... Com os avanços capitalistas, nós, consumidores, queremos comprar a paz pronta, em um saquinho com as informações nutricionais e que indique baixo teor de gordura trans, esquecendo que a paz está em cada um de nós e que poderíamos melhorar o lugar que estamos, para que sinta-mo-nos mais felizes... Afinal, a felicidade é o motor da vida...